Aplicação de tecnologias no campo já é uma realidade Brasileira

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O agronegócio é um dos setores que mais crescem no Brasil, mesmo em cenários críticos, como a pandemia do coronavírus. Está diretamente ligada à geração de empregos rurais e à contribuição na criação de serviços indiretos, que seguem do campo até a mesa do consumidor final. 

A principal causa do crescimento acelerado do agronegócio no Brasil está relacionado a outro setor que está em constante evolução: a tecnologia. Foi-se o tempo em que as empresas rurais ficavam a mercê dos fornecedores locais e das imprevisibilidades climáticas. As empresas que usam tecnologias voltada para o agronegócio, favorecem a automação do setor e, com isso, aumentam a precisão dos dados. Além de promover redução de custos, com eficiência operacional.

Crescimento das agrotechs no Brasil

Segundo uma pesquisa realizada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a utilização de tecnologias que facilitam o trabalho no campo já é uma realidade para 84% dos produtores rurais. 

Grande parte dos produtores rurais afirmam investir nos meios digitais para a compra e venda de produtos, automação das estações meteorológicas, mapeamento das lavouras, bem estar animal e certificação de alimentos. Além disso, mais de 57% utilizam as redes sociais e serviços de mensagens diretas como canais de informações e vendas.

Em um estudo recente realizado pela MCKinsey Consultoria, foi comprovado que 36% dos agricultores brasileiros investem em compras de insumos online, enquanto nos Estados Unidos o número é de apenas  24%. A causa pode estar ligada ao perfil mais jovem e aberto a mudanças do agricultor brasileiro, que tende a ter menor fidelidade às marcas e fornecedores.

Barreiras na popularização das agrotechs

Apesar do retorno sobre investimento ser muito bom a longo prazo, os altos valores das tecnologias tendem a assustar os agricultores, sendo o aspecto apontado como maior impedimento por 67% dos participantes da pesquisa realizada pela Embrapa. O segundo maior problema é a conexão precária com a internet em muitas áreas rurais.

Porém, ao contrário do que muitos produtos rurais acreditam, existem tecnologias com menores custos que podem funcionar muito bem como ferramentas de entrada. 

Agrotechs de análise e mapeamento

As opções de tecnologias para a análise e o mapeamento das fazendas estão crescendo cada vez mais e trazendo resultados satisfatórios para os produtores. Essas são algumas das tecnologias que são fornecidas pelas AgTechs. Conheçam algumas:

  • Internet das Coisas (IoT): 

São objetos físicos capazes de transmitir informações em tempo real pela rede. Exemplos de materiais muito utilizados pelo agronegócio no Brasil são os drones, sensores meteorológicos e sensores óticos para o solo. Esse método torna possível a prevenção e erradicação de ervas daninhas e a pulverização localizada.

  • Big Data e Machine Learning: 

São dados reunidos a partir das operações cotidianas de uma lavoura e analisados cuidadosamente, a fim de simular o desempenho das operações futuras e a interferência de fatores como o clima, a pluviosidade, a fertilidade do solo, a possibilidade de pragas, entre outros. Os algoritmos vão tornando as informações cada vez mais detalhadas e o sistema passa a recomendar processos mais assertivos e eficientes.

  • Inteligência Artificial:

São utilizados sistemas de drones que não se limitam apenas a mostrar as imagens, mas identificar de maneira autônoma os problemas na lavoura, como doenças nos animais e pragas nas plantações. São sistemas inteligentes que otimizam muito o tempo dos produtores, já que dispensam os testes de campo frequentes.

Agrotechs de rastreamento e distribuição 

O Blockchain é utilizado nas transações financeiras digitais para reduzir os riscos e agilizar os pagamentos. No agronegócio, a ferramenta acompanha o produtor rural desde o plantio, até a comercialização dos produtos, garantindo a segurança na importação e distribuição.

Agrotechs sustentáveis

Uma das grandes mudanças enfrentadas pelo agronegócio no Brasil é a necessidade de pensar de forma sustentável. Com o crescimento populacional, aumenta o consumo de alimentos e, consequentemente, o impacto ambiental. Para evitar que os danos sejam irreversíveis, é necessário investir em tecnologias que favoreçam a utilização de insumos naturais, a redução de resíduos, a preservação do solo e o consumo consciente de água.

As tecnologias eco-friendly na agricultura ajudam a diminuir o custo de produção pela otimização de recursos naturais e prioriza novas formas de cultivo, como a utilização de espaços de plantio menores, diminuição no uso de fertilizantes e redução de agroquímicos no combate às pragas nas plantações.

A tendência é que a tecnologia tenha cada vez mais influência nos processos do agronegócio no Brasil. E, nós da Orchestra, acreditamos que as tecnologias aplicadas na prática trazem ganho operacional para o produtor. Você tem uma startup? Fale com a gente. Conheça a Orchestra Innovation Center!