AgTechs na reinvenção do agronegócio no Brasil

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Agricultura de precisão, drones, controle fitossanitário por meio de soluções tecnológicas, Big Data, Inteligência artificial, Machine Learning, blockchain, QR Code. Isso, e muito mais, é o futuro próximo do agronegócio no Brasil. Mesmo em meio a turbulências e com o cenário de pandemia, o setor vem apresentando resultados positivos e, segundo especialistas, deve ser o motor de recuperação da economia brasileira. Nisso, destacam-se as AgTechs, que protagonizam um papel fundamental neste processo, para entregar inovação e celeridade à toda a cadeia

O uso da tecnologia já é uma realidade no Brasil, dentro ou fora do campo: de acordo com um levantamento da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), 67% das propriedades agrícolas no país já adotaram algum tipo de inovação tecnológica. Contudo, neste momento de recuperação econômica, a transformação digital é a resposta aos grandes desafios atuais do agronegócio. 

A verdade é que a crise do novo coronavírus expôs, ainda mais, diversos desses gargalos da cadeia de produção de alimentos: das condições de trabalho nos grandes frigoríficos, às perdas, pelos problemas logísticos dos produtores para escoar a produção de suas propriedades, e a necessidade da rastreabilidade da produção e de uma agricultura e pecuária cada vez mais sustentáveis, e com maior valor agregado. Diversos países já estão exigindo maior transparência do mundo em relação à produção de alimentos após a pandemia do coronavírus, e o Brasil já era, e está sendo ainda mais neste momento pauta de discussões, e retaliações em relação ao desmatamento, entre outras questões de sustentabilidade. Na maioria das vezes, como no cenário atual, problemas externos, como crises políticas, entre outros, interferem drasticamente em nossa reputação como produtores, e não condiz com a realidade do nosso sistema de produção. Para que fatores externos tenham menos impacto no agronegócio, que é nossa maior força econômica e nosso maior diferencial no cenário mundial, e assim atuarmos com todo o nosso potencial, é preciso o reconhecimento da seriedade do agronegócio brasileiro. A tendência, então, é que o agrobusiness passe por transformações profundas, e que irão acelerar a necessidade de digitalização do segmento para comprovar a eficiência e sustentabilidade deste setor. 

AgTechs acelerando o agronegócio

O agronegócio foi o único setor da economia que teve resultado positivo no PIB do primeiro trimestre. O valor gerado pelo campo foi de R$ 120 bilhões e, até o fim do ano, com safras recordes, as lavouras devem render R$ 697 bilhões.

Em um mercado aquecido, empreendedores e agricultores recorreram à tecnologia como uma aliada na produção e inovação para o setor. Por exemplo, os drones, com processos cada vez mais sofisticados e aperfeiçoados, são uma das tecnologias que têm conquistado fazendeiros e dominado os céus dos campos, isso, por trazer eficiência e relevante redução nos custos de produção. Uma startup que fornece este tipo de solução no Brasil viu seus negócios crescerem, registrando aumento de cerca de 220% em hectares sobrevoados, antes mesmo do fechamento do mês de abril, em comparação ao mesmo período de 2019, somando um total de 2.002,09 ha.

O próprio Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou o programa IA² MCTIC, em parceria com a Softex. O objetivo é encontrar startups com soluções de Inteligência Artificial - e o agronegócio é um dos setores prioritários do projeto. As inscrições vão até 28 de junho e podem ser feitas neste endereço.

Novo unicórnio AgTech

E a movimentação nas AgTechs não para! A americana Apeel Sciences, que nasceu com aporte inicial da Bill & Melinda Gates Foundation, captou nova rodada de investimentos - dessa vez, de US$ 250 milhões. Avaliada em US$ 1 bilhão, é o mais novo unicórnio AgTech.

A Apeel Sciences é reconhecida como uma das AgTechs mais inovadoras do mundo por conta da importância da tecnologia que desenvolveu, com foco na ampliação da vida útil de alimentos e na redução do desperdício. Usando uma solução à base de vegetais totalmente comestível, a startup criou uma espécie de segunda camada de proteção em frutas e legumes, reduzindo a oxidação e a perda de água.

Inovações no agronegócio e a digitalização do produtor 

Por aqui, no Brasil, a transformação digital do agrobusiness envolve a aceleração da adoção de uma série de tecnologias de ponta. A gestão eficiente de dados, por exemplo, é uma das necessidades primordiais. Por meio de softwares especializados, análise de Big Data e, até mesmo, uso de Inteligência Artificial, é possível aprofundar a qualidade da informação a fim de se alcançar a redução de custos e aumento da produtividade

Também será importante ter atenção especial ao rastreamento de todo o ciclo de vida do produto, da fazenda até a mesa do consumidor - para isso, já há tecnologias, como o blockchain e o QR Code.

Em outra ponta de inovações do setor, está o surgimento de marketplaces no agrobusiness. Os marketplaces assumem um papel importante para integrar e conectar os players do setor, entre eles mesmos e com os consumidores. Essa é uma aposta, também, de Cleber Oliveira Soares, que assumiu recentemente a diretoria de inovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). 

“Esse nível de digitalização vai agregar valor à toda a cadeia, não apenas financeiro, mas de percepção. Imagina as pessoas podendo dar notas aos produtos comprados? Esse tipo de informação e compreensão vai ao encontro do novo consumidor pós-pandemia”, explica Soares.

No Brasil, a AgTech Agrofy está endereçando essa missão e já reúne 17 categorias em seu marketplace, que incluem, desde insumos, como sementes e defensivos agrícolas, até veículos e serviços financeiros para o agricultor.

O setor do agrobusiness mudou. A transformação digital está mais presente do que nunca. E é para apoiar este movimento que a Orchestra acelera AgTechs em todo o Brasil.

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